Festa eucarística muito celebrada em todos os povos marinhos e nos tempos do Renascimento, conjugando rituais gremiais da Idade Média, que, por sua vez, se deixam transluzir em danças simbólicas mais antigas.. É o dia em que vários jovens apresentam a "Coca", um mítico monstro que reclamava as moças mais belas. Abrem a procissão do Corpus, seguido dos gigantes e cabeçudos, personagens de contos, para encontrar na vila o melhor palco a uma antiga fórmula para-teatral. À saída da igreja e nas encruzilhadas, perante o Santíssimo, acompanhadas por gaiteiros, representam a Dança de Espadas (simboliza a vitória da luta travada entre os habitantes e o monstro na qual participam os guerreiros com as armas na mão) e as das "Penlas" (raparigas vestidas de branco com fitas de muitas cores e aros na cintura para facilitar o trabalho às mulheres que as carregam nos ombros), vestidas de branco, com os seus anjinhos em equilíbrio sobre a mulher adulta, dançando em roda, suavemente. Procissão do Santíssimo, seguido das catorze cruzes paroquiais, a comissão de festas que pisa os tapetes florais confeccionados pelo povo durante a noite e que enfeitam as ruas empedradas. Incenso, música das célebres bandas e gaiteiros da região, sem faltar a noite da sessão de "fogo-de- artifício preso e do ar".