Navegar pela floresta
Rectos como mastros de veleiros no centro da Galiza foi plantada uma considerável parte destes exemplares que agora constituem esta floresta também designada Carvalheira de Quiroga. As longas vigas necessárias na construção de paços e casas grandes do campo galego provinham de árvores esbeltas. Só lhes são podadas as ramas, mas nunca se descabeçam pelo que cresciam para o céu sem engordar demasiado pela base.
Carvalhos e principalmente castanheiros alcançam os 30 metros de altura e cinco de perímetro. Pelo seu porte distinguido, estão considerados os melhores exemplares de castanheiros centenários da Europa. Foram plantados em inícios do século XIX na propriedade do paço da família Quiroga, aparentados com a escritora Emilia Pardo Bazán que viveu algum tempo nesta casa e até mesmo há quem diga que foi neste paço que escreveu vários capítulos do romance “Los Pazos de Ulloa”.
O passeio pela floresta é curto e fácil, mas a espessura dos caminhos sempre oferece surpresas amenas. Por exemplo, os troncos caídos com a força dos vendavais em que alguns foram aproveitados para contar a sua história aos visitantes.
Já em meados do século passado a FAO, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação, exigiu a protecção desta floresta. Na actualidade, é um dos Monumentos Naturais galegos para o século XXI e faz parte do catálogo de Árvores Singulares da comunidade.