A Ria de A Coruña abre-se entre a Punta do Seixo Branco a Este e Punta Herminia a Oeste, estendendo-se para o Sul até à foz do rio Mero. A Oeste aparece flanqueada pela península em que assenta a cidade de A Coruña, enquanto a Este a ria contorna uma costa ondulante que se estende até Seixo Branco.
A intensa humanização do território manifesta-se na profunda transformação das ribeiras e no povoamento contínuo que tem como núcleo de atracção a cidade herculina, que estende os seus tentáculos económicos bastante mais para além da sua própria ria, convertendo-se, sem dúvida, na cidade mais importante do Noroeste da Galiza.
Abraçando a Torre de Hércules, um dos faróis mais formosos de Espanha e o mais antigo farol em funcionamento do mundo, a cidade de A Coruña abre-se ao mar por meio de uma sinfonia de madeira e vidro que a convertem na Cidade de Vidro. No seu interior, formosas fachadas lavradas em pedra, igrejas, palácios, rúas encantadoras que fazem as delícias de qualquer visitante.

Tudo nesta cidade evoca o mar. Vista desde o céu, parece que a cidade se vai desprender para voltar a converter-se na ilha que foi há milhares de anos.
Desde a época romana a cidade viveu do comércio marítimo, e ainda há pouco mais de duzentos anos o mar lambia as velhas casas de A Mariña e Los Cantones. Os seus portos comercial, de pesca e desportivo reafirmam a sua vocação marítima.
O passeio marítimo não fez mais do que aproximar a cidade a esta varanda do Oceano que e o seu mar.A sua torre de Hércules é o logotipo em pedra para sempre guardado na retina de todos os que visitam esta cidade.
A ria era antigamente defendida pelos castelos de Santa Cruz, edificado no século XVII, no ilhéu com o seu nome, e pelo castelo de San Antón, construído no século XVI, e actualmente convertido em Museu Arqueológico de A Coruña.
O porto de A Coruña, que mantém a sua primazia no sector da pesca, especialmente na pesca de mar alto, que constituiu historicamente a sua principal fonte de ingressos, é também importante pela sua actividade comercial.