A capital da comarca da pecuária de Deza orgulha-se de boas carnes em geral, mas fez do porco um símbolo de identidade. De facto, uma escultura em bronze numa rua central recorda-nos o significado do porco para Lalín e a sua importância na projeção da sua imagem no exterior. A Festa do Cozido, que se realiza há mais de quarenta anos, dignificou a carne de porco, básica na dieta tradicional galega, até tornar o cozido (lacão, orelha, entrecosto, chouriço, e todas as partes do porco que se desejarem, acompanhados por batatas, grelos ou couve lombarda) num cobiçado manjar e no prato de referência do inverno galego.
A festa cresceu de tal forma que no domingo anterior ao do Carnaval é o culminar de um programa cultural e gastronómico que se comemora ao longo de um mês e que, entre outros, inclui a Gala de Gastronomia da Galiza e o Prémio de Jornalismo Álvaro Cunqueiro. Desta forma, no dia grande da Feira do Cozido, Lalín é um fervilhar de gente oriunda de todas as partes da Galiza que transita pelo Campo Vello da feira entre postos de degustação e de venda de todos os tipos de produtos autóctones e que abarrota os bares e restaurantes.
No Auditório Municipal realiza-se o Capítulo Xeral da Encomenda do Cocido, com a investidura de novos membros e, pouco depois do meio-dia, ocorre, como prelúdio do Entroido, um tradicional, numeroso e colorido desfile de carros alegóricos, foliões e charangas chegados de diversos pontos da Galiza.

Destacado: Desfile de carros alegóricos e de foliões.