RÍA DE MUROS E NOIA

Rias e praias
1998

Posição

Coordenadas:
42º 45' 31.0" N - 8º 59' 50.5" W

Descrição

A Ria de Muros e Noia estende-se, como o resto das Rias Baixas, na direcção sudoeste a nordeste, na forma de uma fenda aberta no meio de rochas graníticas. No seu conjunto, observa-se claramente um acentuado contraste entre o seu sector setentrional, mais quebrado, com numerosas reentrâncias e saliências, e o sector meridional, mais rectilíneo e aberto, de formas mais suaves.
As rochas graníticas condicionam a maior parte das paisagens. Este facto é ainda mais visível na zona de Baroña, na margem meridional da ria, e em Monte Louro, na zona setentrional.
Em Baroña, muito próximo de Porto do Son, os muros de pedra do castro ali situado deste tempos remotos confundem-se com as lajes abertas pelo tempo. No Monte Louro, próximo a Muros, uma extensa gama de formas geométricas sobressai nas ladeiras, como se um escultor as tivesse ordenado de maneira racional para que os amantes das longas caminhadas as contemplem. Aos seus pés, unida a um extenso areal coberto de dunas, o visitante pode admirar uma das lagoas costeiras mais formosas da Galiza.

Na margem setentrional da ria situa-se Muros; ao fundo, Noia. Trata-se de duas vilas senhoriais construídas em pedra granítica, igual -ou semelhante- àquela com que as ondas e os ventos lavraram as formas de Baroña ou de Louro, ou as arribas escarpadas que contornam o mar.
Muros é uma localidade aberta ao mar desde as suas origens medievais, e conserva ainda as suas típicas praças e ruas, e um magnífico templo paroquial, a antiga colegiada de Santa Maria. O recém-chegado encontrará ruas estreitas e sinuosas, que confluem em pequenas praças rodeadas de acolhedores arcos. Ao deambular por elas pode sentir-se o calor da história passada, escrita por personagens anónimos, por artistas, escritores ou pilotos.

Ao fundo da ria situa-se Noia. As raízes medievais manifestam-se também na estrutura da vila: ruas estreitas, arcos, casas senhoriais. A sua história começa quando Fernando II decretou o traslado da vila desde o lugar da Barquiña à sua situação actual. A lenda, no entanto, diz que foi Noé quem fundou a vila, o que ficou materializado no seu escudo de armas. No interior da vila destacam-se a Igreja de San Martiño, do século XV, ou o convento de San Francisco, ao lado da actual Alameda.
A ria, acolhe ainda nas suas margens outros núcleos de interesse. Na margem meridional situa-se Porto do Son, formosa vila que conserva ainda uma grande parte do saber marinheiro das suas gentes, e Portosín, com o seu importante porto desportivo.

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